As polêmicas do/no sistema artístico

Conversas Replicantes

Emily Mayumi é membra do Academia de Curadoria. Emily Mayumi (1997) é pesquisadora de arte, prestes a se formar na PUC-SP em Arte: História, crítica e curadoria. Em 2020, recebeu o prêmio de melhor trabalho de iniciação científica pela sua investigação acerca do corpo disruptivo na performance contemporânea. É interessada por tudo aquilo que tange o informe. Vive e trabalha em SP.


Este texto é um relato da Conversa Replicante de 18 de agosto de 2022.

Polêmica deriva do grego ‘polemikós’ que, por sua vez, significa guerra. Ou seja, engloba aquilo que é por sua natureza discordante “disputa em torno de questões que suscitam muitas divergências”. Em nossa última conversa, elencamos alguns assuntos e acontecimentos polêmicos do/no sistema artístico. Nosso fio condutor para a construção desse debate foi nos perguntarmos: O que leva algo a ser classificado como polêmico, e por quê?
No padlet, classificamos algumas categorias: uso de materiais polêmicos para a produção de uma obra; obras que tratam de temáticas políticas; instituições, bienais e mercado de arte; artistas, entre outras.

Uma das polêmicas recentes que elencamos foi o novo projeto de Damien Hirst (que coleciona várias delas). O projeto “The Currency” tem gerado debate pois envolve outro assunto muito polêmico que é o NFT. Em resumo a ideia do projeto é – com muita ironia – desafiar o comprador de sua obra a fazer uma escolha entre permanecer com a cópia física da tela ou recebê-la em NFT. As versões físicas das obras daqueles que optarem pelo NFT serão queimadas.

Interessante como a clássica dúvida sobre o que define a singularidade de uma obra de arte reaparece nesse projeto.

Criado com o Padlet