Conversas Replicantes
Thiara Grizilli é membra do Academia de Curadoria. Mestranda em Estudos Museológicos e Curatoriais pela Universidade do Porto, Portugal. Educadora, produtora e pesquisadora independente, é ativista dos movimentos culturais periféricos em sua cidade e atualmente de mulheres migrantes em Portugal. Cursou graduação em Letras (USP) e História da Arte (UNIFESP) e especializou-se em Arte Educação (ECA-USP) e Gestão Cultural Contemporânea (Itaú Cultural/Instituto Singularidades)
Este texto é um relato da Conversa Replicante de 21 de julho de 2022.
As bienais são as olímpiadas das artes”. Foi com essa fala extraída da nossa última Conversa Replicante que conseguimos sintetizar os diferentes pontos levantados para analisarmos o fenômeno das mega exposições e eventos de arte. No encontro (e no padlet!) compartilhamos o histórico da Bienal de Veneza, da Documenta de Kassel e da Bienal de São Paulo; além de apresentarmos o panorama a partir dos anos de 1990, com o exemplo da Manifesta e outras, como marca do fenômeno que ficou conhecido como bienalização* (Ver Elena Filipovic).
A analogia com os jogos olímpicos se mostra pertinente quando pensamos desde o tempo de dedicação dos atores envolvidos, sua magnitude, e até os efeitos políticos – e diplomáticos – que se desdobram ali. As exposições, e consequentemente as curadorias (e, por que não a produção apresentada), são discutidas a partir dos contexto, território e geopolítica próprios e indissociáveis destes eventos que se propõem internacionais e globais.
Da mesma forma, a crítica e a repercussão de assuntos relativos às mega exposições também são elementos constitutivos dessa forma de circulação. É por essa razão que nosso próximo tema para Conversa Replicante serão as polêmicas do/no sistema das artes. Como foi dito na publicidade da 21ª Bienal, é o tipo de mostra que se faz “grande e polêmica como São Paulo”. Venha conversar conosco sobre as polêmicas da/na arte contemporânea, da bienalização e além.